04 novembro 2005

45. O Fim da Linha

A cidade portuária de Vladivostok, fundada por marinheiros Russos em 1860, é hoje uma robusta urbe de 600 mil habitantes. É a estação terminal do transiberiano e, desde 1822, o porto de abrigo da frota militar russa do Pacífico.
Nesta data, a marinha relocalizou os seus navios desde Nikolaevska-na-Amur, 1000 km mais a norte, não só pela posição geo-estratégica de Vladivostok, mas sobretudo por estar gelada, e portanto inacessível, uma media de 70 dias por ano, em vez dos 190 de Nikolaevska-na-Amur.
Quase destruída pela guerra Russo-Japonesa em 1904, Vladivostok manteve-se fiel ao império até ser "libertada" pela revolução bolchevique em Outubro de 1922.
Durante a guerra-fria, e para protecção dos segredos da crescente armada russa, a cidade foi completamente selada a estrangeiros. Mesmo para um russo eram necessárias autorizações especiais para entrar na cidade.
Hoje, apesar de com facilidade se esbarrar contra zonas off-limits, é uma cidade aberta. Tão aberta que se diz ser um center point da actuação das famigeradas máfias russas.
Pela nossa parte, interessou-nos sobremaneira a sua topografia exaltante de colinas em torno da baia (porto natural). A São Francisco do Pacifico Oeste, assim chamada pela semelhança dos eléctricos que sobem e descem as colinas em linha recta, é a cidade mais bonita que visitámos na Rússia.


Vladivostok visto do topo de uma colina; praça soviética; estação de comboios

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